Mais um pesquisa, o Brasil cada vez mais conectado.


Brasil é o país que mais acessa redes sociais

16/06/2010

O Brasil é o país mais presente em redes sociais. De acordo com a Nielsen, que realizou estudo durante o mês de abril, 86% dos internautas brasileiros estão presentes em sites do segmento. No total, mais de cinco horas foram gastas com sites como Orkut, YouTube e Twitter no mês, somente no Brasil.
A Nilsen aponta que a popularidade das redes sociais no Brasil começou em 2004, com a chegada do Orkut ao país. Segundo a consultoria, até setembro de 2005, metade da população nacional já havia visitado a rede social do Google.

O campeão em tempo, no entanto, foi a Austrália, onde os internautas gastaram mais de 7 horas do mês de abril com esse tipo de site.

Redes sociais no mundo

Em escala global, as redes sociais representam 22% de todo acesso à internet – um em cada quatro minutos e meio. Pela primeira vez, a Nielsen constatou que esses sites foram visitados por três quartos dos internautas mundiais.

O resultado deste ano mostra que houve um salto de 24% na quantidade de pessoas que acessam redes sociais em relação a abril de 2009. E a alta foi de 66% na quantidade de tempo gasto com os sites.

Três das marcas mais populares do mês de abril são redes sociais: Facebook, YouTube e Wikipedia. O primeiro com 54% do total de internautas no mundo como usuários, que gastaram seis horas com o site. Outros 47% estão cadastrados no YouTube, com gasto de 57 minutos; e o Wikipedia, com 35% da população digital, teve tempo médio de 13 minutos no mês.

O Facebook, rede social mais popular do mundo, faz mais sucesso na Itália, onde 66% dos internautas gastaram pouco mais de sete horas com o site. No Brasil, o site pode ainda não ter tanto sucesso quanto o Orkut, mas, por aqui, 26% da população digital já se faz presente nele. No mês, o brasileiro gastou quase duas horas com o site de Mark Zuckerberg.

Marcas mais populares

Os sites mais populares em abril, segundo a Nielsen, foram os do Google, com 82% dos internautas mundiais. Sites da marca MSN, WindowsLive e Bing ficaram em segundo, com 62% do total. Em seguida vem Facebook (54%), Yahoo! (53%) e Microsoft (48%).

Fonte: Adnews

Texto interessante sobre as possibilidades do mundo digital e seus benefícios ao conhecimento

Conhecimento ampliado pela web por Sandra Turchi
O movimento de ampliação do acesso à informação trazido pela internet está num estágio embrionário, pode-se dizer. O que temos visto nos dias atuais ainda está para ser compreendido. A verdade é que ninguém, ninguém mesmo, pode prever o que vai acontecer com relação a isso.

Há estudos demonstrando que o acesso à internet modifica o cérebro e faz com que os usuários mais freqüentes tenham uma atividade maior na área de raciocínio complexo e mais velocidade na tomada de decisões. Uma iniciativa interessante é da Fundação Edge, criada nos anos 80 para estimular o debate entre grandes nomes da ciência, que em estudo recente trata de como a web está mudando o processo de pensamento. Dentre suas análises fica claro que embora a internet tenha trazido maior capacidade de acesso ao conhecimento, também ampliou a incerteza com relação à informação.
A mudança de opinião é freqüente e os interesses sobre inúmeros assuntos se multiplicam. Essa experiência todos nós estamos passando, é fato. Nessa pesquisa utiliza-se um termo adequado para descrever isso, “liquidez mental”, pois os pensamentos se tornaram fluidos.
Se somem a isso todas as preocupações recentes com relação à privacidade, como no caso do Facebook, os problemas de direitos autorais, entre outros, fica claro que é impossível prever os resultados de toda essa transformação.
Por outro lado é também fascinante verificar que o acesso a esse novo mundo tem trazido melhorias para a vida de muita gente. Em reportagem recente em um grande veículo de comunicação foram apresentados casos com pessoas de locais remotos do Brasil, com acesso extremamente rudimentar e que, mesmo assim, se beneficiam do universo digital, como a garota indígena do Pará que compra livros e aguarda duas semanas pela sua chegada, pois é seu único meio, visto que não há livrarias nem bibliotecas na sua cidade. Ou então a agricultora pernambucana que usa a web para obter informações sobre previsão do tempo para saber quando é a melhor época para plantar, bem como fazer coleta de água da chuva.
Há o caso de novos empreendedores investindo na criação de Lan houses e que têm visto seu faturamento crescer, como a cabeleireira que comprou computadores para suas clientes navegarem enquanto aguardam o efeito da tintura para cabelo. Não estamos falando de inovações num bairro nobre dos Jardins, e sim da maior favela de São Paulo.
Para concluir, há ainda um rapaz, Bruno Barreto, que criou sozinho o sistema chamado SACSP, para a cidade de SP, captando diversas reclamações postadas por cidadãos paulistanos sobre problemas da cidade e gerando, através de várias análises, um novo olhar para essas reclamações, com interpretações que antes ficavam invisíveis. O site chamou a atenção da prefeitura e hoje Bruno dá consultoria para novos projetos de dados públicos.
Esses são apenas alguns sinais dos novos tempos que vem por aí.