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Informações ocultas que comprometem a imagem da marca


Hoje me deparei com uma situação onde tive que ligar para uma central de atendimento de um cartão de crédito, situação pela qual muitos de vocês já passaram, certo? A solicitação: Melhoria no valor da anuidade que havia sido cobrada em um cartão que, em princípio, não a possuiria por ser conjugado a outro.

Só após ligar e passar por aqueles erros de gravação e "delays" diversos, consegui apenas um desconto, mesmo com mais de 10 anos como cliente.

O tempo de relacionamento deveria, mas não é relevante, desde que possuo estes cartões, atrasei apenas duas vezes, não mais que 3 dias, em mais de 10 anos. Quando aceitei os cartões, fui informado de coisas que hoje ocorrem de outra maneira, a cobrança e as mudanças ocorrem sem eu receber qualquer satisfação, a menos que ligue, espere, espere e ouça passivamente o que foi definido.

Outros exemplos básicos:

Há uma operadora de telefonia fixa que anuncia a melhor banda larga, daí você liga e descobre que a tal banda larga está em um pacote, bem mais caro.

Há ainda um cartão que anuncia milhas que nunca expiram, mas te cobra um taxa salgada anualmente para que o "programa de benefícios" seja mantido.
Percebem como existem informações ocultas que geram grande desagrado posteriormente à compra? Tudo isto com a desculpa de vendedor meia boca "se falar tudo para o cliente a gente não vende".

Percepções

As ações de curto prazo estão perdendo cada vez mais força em virtude dos avanços tecnológicos, inovações e concorrência grande, em todos os segmentos de mercado, então peço seu apoio meu caro colega, cliente, consumidor, shopper, no sentido de frearmos estas iniciativas, estes "jeitinhos de venda" que geram resultado no mês mas matam a marca.

Como honrar a promessa de venda requer um trabalho árduo, dinheiro e competência em gestão, muitas empresas não ligam para o chamado "churn", ou seja, perda desnecessária de clientes, e ao longo dos anos vão se complicando cada vez mais na manutenção das vendas e na posição em seu mapa estratégico.

A explicação é óbvia, todas as campanhas e linhas de comunicação de marca precisam ser honradas em termos de negociação, tratamento com o cliente no ato e na manutenção de seu contrato, caso contrário, a percepção em relação aos produtos e serviços fica prejudicada, a marca perde relevância e o que poderia ser uma situação sustentável torna-se uma luta eterna para "retirar com baldes a água que invade o barco". Até quando Consumidores? Até quando Gestores? Até quando Diretores?

Tratem de se mexer para prestarem bons serviços, atenderem bem seus JÁ CLIENTES, gerem valor, relevância, trabalhem forte a cultura interna em torno disto, então cobrem um valor honesto pelo que fazem, será possível fazê-lo a partir de percepções positivas do mercador comprador, que constantemente o indicará aos amigos e fornecedores.

Imaginem podermos ligar para as centrais de atendimento e resolvermos quase tudo com a mesma pessoa, ou sermos avisados sempre quando algo vai mudar, ou somente termos respondido prontamente nosso e-mails de solicitação em páginas de contato.... Será possível? Digo que sim, então abaixo o corporativismo e a falta de visão estratégica.

Só para lembrar mais uma vez: Fatos são negociáveis, percepções não.

Taca a mãe para ver se quica!!!

Muito ouço sobre "o que é melhor" para as empresas atingirem seus resultados, ter alto índice de compra e recompra - "joga fora a mídia OFF e traz seu magro orçamento de comunicação para o ON", dizem alguns.
Penso que exageros e radicalismos podem ser uma ameaça, porque nos levam à precipitação, então sugiro equilíbrio nas análises táticas e estratégicas.
Há muita gente boa atuando em comunicação tradicional e em mídia online. Nossa cultura, mesmo com um universo de quase 65 milhões de internautas, ainda está longe de banir meios tradicionais, até porque existem gerações diferentes consumindo produtos e serviços neste mercado globalizado e plano.
O que fazer então?
Experimente reforçar seu posicionamento de marca (se ainda não o tiver, corra atrás logo!), a identidade dela, aí parta para captar contatos dos clientes ideais para sua empresa segundo o posicionamento estabelecido, tenha foco. De acordo com o perfil identificado destes a possibilidade de êxito em ações e campanhas, sejam elas ON ou OFF ou ambas, será muito maior, o retorno (famoso ROI) surpreenderá.
Muitas empresas evitam uma abordagem deste tipo pela visão de curto prazo e talvez por não entender bem qual o nexo nisto tudo, por isso é importante ter gente competente trabalhando para valer ao invés de viver de "butt marketing", ou seja, um pessoal que adora falar bonito mas não desgruda o traseiro da cadeira no escritório para ir até os clientes e ouvir deles seus anseios e percepções.
Aja diariamente, mas pense no longo prazo também.

Saiba o que significa CCDVTP

Phillip Kotler sempre teve minha admiração por ser o autor de nossa bíblia "Administração de Marketing", porém esta admiração cresceu à medida que me aprofundei nos temas por ele abordados sempre com objetividade, simplicidade e conteúdo. Eis aqui para você leitor do Mercadologia 6 minutos de Kotler que poderão representar muito em seu dia-a-dia profissional, e porque não dizer também pessoal, afinal queremos sempre entregar valor para quem nos interessa.